300 milhões de toneladas de grãos! Esta deve ser a produção brasileira na próxima década. O volume representa 62,8 milhões de toneladas (27%) a mais do que é produzido
hoje. A expectativa é de um crescimento anual de 2,4% até 2028/29. Os números são do estudo Projeções do Agronegócio, Brasil 2018/19 a 2028/29, da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. O levantamento se
baseia nos dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). De acordo com os pesquisadores, o aumento virá, principalmente, do cultivo de soja e de milho nos Estados do Mato Grosso (+129,5 mil toneladas) e do Paraná (+ 64 mil toneladas).
Mercosul mais próximo da União Europeia
O recente acordo firmado entre os países do Mercosul e a União Europeia traz otimismo para o agronegócio. Uma das principais definições é a redução das tarifas aplicadas a produtos considerados essenciais na pauta de vendas externas – alimentos como suco de laranja, peixe, óleos vegetais e crustáceos. O acordo ainda prevê um acesso mais fácil de produtos como carne (bovina, suína e de aves), açúcar, ovos, arroz e mel. As novas regras estipuladas pelo histórico acordo irão resultar na retirada das tarifas correspondentes a 90% das exportações do Mercosul para o continente europeu, em até dez anos. O intuito é promover a competitividade dos produtos latino-americanos, estimulando as economias locais e aumentando a visibilidade dos alimentos produzidos por aqui.
O cenário da soja e do milho também poderá ser beneficiado pelo tratado de livre comércio entre Mercosul e União Europeia. O aumento da demanda por produtos brasileiros, como a carne bovina, pode gerar um crescimento paralelo da procura por grãos produzidos aqui, como o milho e a soja, já que eles são ingredientes essenciais para a ração animal.
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